terça-feira, 16 de abril de 2013

ESCRITURA DE VENDA DA FAZENDA DO CÓRREGO SECO


“Escritura de venda, de uma fazenda de cultura e suas benfeitorias plantas, casas e todos os pertences que à Sua Majestade Imperial fazem José Vieira Afonso e sua mulher e quitação, que no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e trinta, aos seis dias de fevereiro do dito ano, nesta Fazenda do Correia, no Alto da Serra, onde eu Tabelião, fui vindo por ordem de Sua Majestade Imperial ai compareceram partes justas e contratadas a saber de uma parte João Rocha Pinto do Conselho de Sua Majestade Imperial Superintendente de suas Imperiais Quintas e Fazendas.

E de outra parte como vendedoras o Sargento-Mor José Vieira Afonso, Cavaleiro da Ordem de Cristo e sua mulher. Dona Rita Maria de Jesus, moradores na sua Fazenda do Córrego Seco, Distrito da Vila de Paty Alferes, Freguesia de São José do Rio Preto em presença das quais por eles vendedores uniformemente foi dito que são senhores pacíficos possuidores da dita Fazenda do Córrego Seco, no Alto da Serra da Estrela chamada  antigamente a Serra do Mar, a qual possuíram seus antepassados mais de sessenta anos e ultimamente lhes pertencia por legitimas de seus pais Manuel Vieira Afonso e sua mulher Dona Catarina Josefa como consta no inventário que existem no meu Cartório, a qual tem a frente uma légua completa e de fundo quase meia légua, cujos limites se acham hoje definidos e demarcados em virtude da composição que ele, vendedor, fizera com a proprietária da Fazenda do Itamarati, naquela parte e pelos outros lados com que direito pertencer.

E da mesma Fazenda com todos os seus prédios, plantas, benfeitorias oficinais, acessórios, posses, servidões de que sempre gozaram os fazem venda de hoje para todo o sempre ao mesmo Augusto Senhor e seus Herdeiros, e tudo pela total quantia de vinte contos de réis.
E assinará a rogo da vendedora por não saber escrever o Padre Luis Gonçalves Dias Correias. E sendo testemunhas o excelentíssimo Francisco Gomes da Silva e Tomás Gonçalves Dias Goulão, eu Manuel Marques Perdigão, Tabelião proprietário escrevi.

(ass.) José Afonso.

A rogo de Dona Rita Maria de Jesus, (ass.) Padre Luis Gonçalves Dias Correias.”


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