terça-feira, 18 de março de 2014

UM DISCO VOADOR EM PETRÓPOLIS

Notícia de domingo do JORNAL DO POVO do dia 11 de Abril de 1950

OBSERVADO EM PETRÓPOLIS UM “DISCO VOADOR”

Sobrevoa o quartel da Presidência um desses engenhos desconcertantes e misteriosos.

Os famosos “discos voadores”, misteriosos aparelhos vêm, provocando os mais desencontrados comentários da imprensa mundial e já apareceram, ao que informam as agencias telegráficas, em quase todos os países, deram por ser vistos, ultimamente, sob os céus petropolitanos.
Ainda há poucos dias noticiávamos o aparecimento de um desses exquisitos engenhos em São José do Rio Preto, onde vários moradores do local afirmaram haver distinguido nitidamente a sua luminosa passagem, a grande velocidade, sôbre esses distrito extremo de Petrópolis.
Muitas pessoas duvidaram da veracidade da afirmação, dizendo tratar-se, apenas de visão delirante de algum emocional, que assim tomava vulto e, com o exagero que em geral, nesses casos se verifica, teria tomado foros de verdade, embora nada confirmasse o incompreensível fenômeno.
Agora, porém, a fonte de informação é insuspeitável, pois a própria oficialidade do III 3º R. I. presenciou o fato, que confirma.

COMO SE VERIFICOU O APARECIMENTO

Ontem, mais ou menos às 13 horas, o cap. Alberto Carlos Mendonça Lima, de serviço naquela unidade no nosso Exército, vislumbrou no firmamento um grande disco luminoso, impossível de confundir-se com algum astro tal a sua conformação e cor.
Imediatamente, a oficialidade da referida corporação militar, binóculo em punho, passou a observar o desconcertante aparelho.
Procurando maiores esclarecimentos, JORNAL DO POVO ouviu a palavra do tenente Mario Roca Dieguez, que informou ter observado o estranho aparecimento por mais de duas horas.
Do formato realmente de um disco movimentava-se lentamente, chegando, mesmo, por vezes, a parar no espaço. Estava à altura aproximada de 3.000 metros, sendo de côr prateada.
O sr. Silvio Branco, também ouvido, disse o seguinte:
- O objeto tinha uma coloração prateada e, embora se achasse a grande altura, não era possível confundi-lo com algum astro ou pássaro. Contudo, eu não posso precisar tratar-se de um “disco voador”.
A professora Franci Ferreira de Souza, da Escola Progresso, na rua Paulino Afonso, a qual nos avisou do ocorrido, também afirmou ter visto o “disco voador”.

Assim, pois temos confirmada a aparição desse objeto misterioso, que tantos tratos tem dado à imaginação de todos nós.


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