sexta-feira, 21 de março de 2014

LOURENÇA MARIA LUZIA, UMA IDOSA COM 144 ANOS!!

COM 144 ANNOS...
UM RECORD DE LONGEVIDADE OU ESQUECEU-SE DE MORRER.
Lourença Maria Luzia, filha de africanos, natural de Crato, no Ceará, de onde sahiu com 25 anos, comprada pelo fazendeiro Manoel Marques de Oliveira, falecido, proprietário da fazenda do Córrego Bonito, onde ainda trabalhava apesar dos 90 annos, quando foi abolida a escravidão.
Viuva há 40 annos, nunca teve filhos, vive completamente só, cozinha, lava e coze para si, vae no matto buscar lenha subindo enorme serra, enxerga perfeitamente, faz sabão para lavar sua roupa e azeite para alumiar sua casinha, anda duas léguas a pé, sem se cansar, matem longa palestra, espírito verdadeiramente folgazão.
Faz lavoura para seu sustento gosta muito de presentes a pessoa que mais estima é seu padrinho (na realidade um bom homem), carrega duas arrobas na cabeça, mora no Cedro, além um pouco de Pedro do Rio, pelo lado da Linha Ferrea, em terras do sr. Adelino Saldanha que com o seu padrinho auxiliam-na no seus momentos de apertura...
O que mais desejava era mandar seu retrato aos parentes, mas acha que já são mortos todos.
A photografia que ahi publicamos ao lado do seu “chateau”, devemos ao jovem Azize Nâme e a reportagem ao nosso esforçado correspondente em Areal, Oromar de Jesus Gamboa, com os quase emprhedemos, na segunda-feira uma viagem de automóvel “Mossoró III”, através de atalhos.
Na realidade Lourença Marisa Luzia esqueceu-se de morrer e segunda Ella mesma, espera ver muita gente “moça” “embarcar primeiro...

FALLECEU A VELHA LOURENÇA MARIA LUZIA
Com mais de 144 annos.
Os nossos leitores devem estar lembrados da reportagem que fizemos em Outubro do anno passado sobre a existência de uma centenariana, em Areal, às margens do logar denominado Morro do Cedro. Pois agora nos vem a noticia, pelo telephone, de que, no dia 25, há 14 dias, falleceu a velha Lourença Maria Luzia, com mais de 144 annos de edade, segundo apuramos naquella data.
A vellha centenariana não deixa parente algum e a sua morte, que foi recebida com certo pesar do povo de Areal, foi quasi que repentina.



Fonte:
1ª reportagem: Jornal de Cascatinha – Domingo, 14 de Outubro de 1934

2ª reportagem: Jornal de Cascatinha – Domingo, 9 de Junho de 1935.


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