Petrópolis, como todas as cidades brasileiras no meado do
século XIX, também possui seu pelourinho, a coluna de pedra ou madeira posta em
local público, junto à qual se expunham e castigavam os criminosos.
O nosso pelourinho, de acordo com Walter Bretz, ficava na
antiga praça dom Afonso, atual Rui Barbosa, porém é mais conhecida atualmente
como “ Praça da Liberdade”, próximo a mansão Franklin Sampaio construída pelo
Monsenhor Bacelar, aonde hoje tem o parquinho de diversão para crianças. O
poste era de madeira com duas argolas de ferro as quais eram amarrados os
condenados, em geral pobres escravos, a fim de sofrerem o castigo corporal
imposto pela lei. Os criminosos seguiam para ali de mãos atadas e sobre forte
escolta policial, percorrendo antes a pé, as principais ruas da cidade, no
local de suplicio recebiam os açoites, que acreditavam serem regeneradores, sob
as olhares horrorizados dos moradores da Colônia. E depois de supliciados voltavam se
arrastando ou como podiam para a cadeia pública, no prédio do antigo Fórum.
Os gritos dos martirizados, perturbavam e horrorizaram os
colonos que não eram acostumados com tamanha barbaridade, entre eles o Hees e
os Glassow, que possuíam um comércio nas proximidades da praça.
Fonte:
Jornal de Petrópolis, Edição de Natal, 24/12/1972
Doeu ler, não consigo pensar na nossa cidade com estas torturas, ....
ResponderExcluirMuito bom. Frederico sou Monica Valverde e faço parte do AFRO SERRA (Movimento de resistência da cultura negra em Petrópolis) Gostaria de entrar em contato com você. Como te encontro. Você tem face book?
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