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após a assinatura do contrato que efetuou o arrendamento da Fazenda do Córrego
Seco, Koeler, sem perda de tempo iniciou a execução das incumbências que lhe
cabiam, com a finalidade de tornar realidade o sonho do imperador dom Pedro II.
Em 17 de outubro de 1843, iniciaram as obras
de infra estrutura começando pela casa Fazenda, tornando–a sede administrativa
das obras. No dia 30 de outubro do mesmo ano, o mordomo Paulo Barbosa,
confirmou as instruções para o aforamento dos terrenos que formariam Petrópolis,
obedecendo as sugestões do major Koeler.
As sugestões do major, tornaram-se o
regulamento de 16 artigos que deixam claro a inteligência impar de Koeler, que
pensou nos mínimos detalhes, concebendo a povoação num modelo de cidade-jardim.
Abaixo
esta listado algumas das disposições do regulamento:
· Concessão
de terrenos quadrilongos de 55 metros de frente e 110 metros de fundo.
·
A
subdivisão de prazos eram proibida
·
Construção
obrigatória no prazo de 2 a 4 anos
·
Era
determinado construir as casas perto das ruas e praças
·
As
fachadas dos prédios deveriam ser aprovadas antes da construção.
·
Era
obrigatório o plantio de árvores nas calçadas e nas praças.
·
Deveriam
ser construída a calçada com 10 palmos de largura no prazo de 1 ano.
·
Os
prazos de terras deveriam ser cercados ou murados, no tempo máximo de 1 ano.
Koeler aproveitou os cursos de águas dos rios,
para traçar as suas margens, avenidas e ruas da futura cidade.
O
local para a construção do Palácio Imperial foi escolhido pelo próprio
imperador, que preferiu o Monte de Santa Cruz, do que o local aonde atualmente
se encontra a Praça dom Pedro II, de frente para a rua do Imperador, logradouro
sugerido pelo Major Koeler.
Os prazos do Quarteirão Vila Imperial foram
distribuídos a pessoas cujo imperador queria por vizinhos como, os nobres e
diplomatas da Corte, que ali fincaram raízes construindo casas de comércio e
artesanato.
Ao redor da Vila Imperial, Koeler, elaborou os
quarteirões coloniais , afim de servirem de moradia dos colonos alemães que
aqui chegaram em 1845, para formarem a Imperial Colônia de Petrópolis.
Para que os colonos se sentirem casa, o major
deu aos quarteirões os nomes das localidades de origem dos colonos como:
Renânia,
Palatino, Westfália, Bingen, Mosela, Siméria, Ingelheim, Castelânea, Darmstadt,
Worstadt, Wormstadt, Nassau.
Para os rios Koeler deu os nomes deu os nomes
de personalidades ilustresamigas suas e importantes para o desenvolvimento e
realização da Colonia de Petrópolis, como:
Paulo
Barbosa, Aureliano, Porto Alegre, Simonsen, Alpoim, Ave-Lallement, entre
outros...
O cinturão verde dos quarteirões também fez
parte do Plano Koeler, que planejou ruas arborizadas nas margens dos rios, com
hortênsias azuis plantadas junto a magnólias e paineiras floridas. Dando a fama
internacional de “cidade jardim modelo”, a Petrópolis.
O
trabalho e o Plano Koeler somente foram possíveis por em praticas graças ao
empenho e o esforço de colonos e autoridades em beneficio do bem comum.
Bibliografia:
RABAÇO, José Henrique. HiSTÓRIA DE PETRÓPOLIS, 1982. IHP
FROÉS. Carlos Oliveira. DETALHES INTERESSANTES SOBRE O PLANO KOELER. site: http://www.ihp.org.br/site/ acesso setembro de 2013
Planta de Petrópolis, desenhada pelo Major Julio Frederico Koeler em 1846
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