Numa fria madrugada do nosso
inverno um táxi dos poucos de tinham ousado permanecer no ponto da Bacia (atual Praça D. Pedro)foi levar um passageiro ao Quarteirão Brasileiro.
A Avenida Barão do Rio
Branco, estava envolta toda ela, em pesada neblina e o frio, mesmo dentro do
carro cortava.
O motorista, gélido e
sonolento deixara o freguês em casa e, descendo o Quarteirão Brasileiro,
pensava que o dia estava ganho e, portanto, o melhor a fazer seria ir para casa
e dormir. E já sonhava com os cobertores, quando ao entra na Avenida Barão do
Rio Branco novamente, um cidadão muito bem arrumado de fraque cinza, fez sinal
para o táxi parar e pediu ao motorista que o levasse à casa do Barão do Rio
Branco.
Como o novo destino não
desvia do trajeto de sua cãs, o motorista abriu a porta do carro e o passageiro
fazendo ranger as molas do veículo, tão pesado que era, sentou-se no banco
traseiro.
Devagar tocou o carro em
marcha lenta, pela rua acima. Ao chegar ao prédio de destino acendeu a luz,
abriu a porta e esperou o passageiro sair, como o este se demorou muito a sair,
o motorista se virou para trás e para seu espanto, não tinha ninguém no banco
de trás.
Assustado, o homem saltou do
veículo, olhou nervosamente em volta e correu ao portão do prédio.
Onde estaria o passageiro?
Perguntava a si próprio atônito, parado no meio da rua.
E quando esta voltando para
o carro para procurar o tal homem gordo trajando fraque, quando raciocinando
melhor, estranhou, que tida sido mandado levar o passageiro para a Casa do
Barão do Rio Branco, personalidade morta há tantos anos. E mais a fisionomia
daquele homem era igual a do Barão do
Rio Branco!
Devia ser, então um espírito
o estranho passageiro que tomara seu táxi!
Extremamente apavorado o
motorista entrou no carro e em alta velocidade saiu daquele lugar. E até a
época em que esta lenda foi publicada por Gabriel Kopke Froés, o motorista e
arrepiava ao relembrar os momentos de terror, ao ver que o passageiro era o
espírito do Barão do Rio Branco.
Teria como eu reproduzir seu texto em uma comunidade do amino?
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