Pesquisadores como o naturalista
Augusto Saint Hilaire apontam os índios coroados como sendo muito feios,
baixos, de cabeça grande e chata, de ombros largos, de cabelos negros e longs,
de pele escura. Andavam nus e usavam urucum em suas pinturas . suas cabanas eram de madeira, cobertas com
folhas de palmeira ou bambu.
Determinados grupos costumavam dormir em redes, usavam arco e flecha, utensílios
de pedra, pratos e tigelas feitos de cabaças (espécie de cuias) e folhas
trançadas.
As pesquisas também os apontam
como sendo um grupo que vivia guerreando entre si. Por possuírem uma índole feroz
nos combates entre si ou com outras nações indígenas, comportavam-se com crueldade
sem limite. Todos os inimigos vencidos eram mortos, excluindo-se mulheres e
crianças capazes de acompanhá-los em suas andanças.
Os coroados não usavam no corpo
objetos decorativos. Por motivos de segurança suas aldeias eram construídas nos
locais mais altos, mesmo que isso os colocasse muito distantes da água. As aldeias
tinham vários tamanhos e formatos
Quantos as mulheres, eram
consideradas escravas dos homens e eram em menor número que eles nas aldeias:
para cada 100 homens, apenas 30 mulheres. Os coroados eram monogâmicos, ou
seja, possuíam apenas uma mulher. Só o cacique poderia ter mais de uma mulher. O
adultério era punido com a morte.
As mulheres coroadas grávidas
eram tratadas com rigor: tinham que jejuar, não podiam comer carne, pois havia
o mito de que as crianças nasceriam com nariz deformado, nem podiam comer aves
pequenas, senão seus filhos nasceriam pequenos. Também os maridos não podiam
comer carne e, para não serem tentados, eram desarmados, durante a gravidez. Nota-se,
portanto, que os coroados alimentavam-se quase exclusivamente de frutas, sendo
a caça uma alimentação secundária.
O título de Cacique era passado
do pai para filho mais velhos, na falta desde herdava o segundo ou terceiro
filho.
Por volta dos 12 anos, os filhos
dos coroados, contando com a ajuda dos pais, construíam seus próprios ranchos,
passando a viver com os demais membros da tribo que não possuíam mulheres. Neste
ambiente reinava o silêncio.
As meninas viviam com seus pais
até por volta dos 14 ou 15 anos, quando então, o cacique principal dispunha
delas e as concedia em casamento.
Os coroados não tinham noção de
tempo para contar as suas idades, então valia a aparência, o tamanho do corpo e
a força do rapaz para, por exemplo, ser aclamado cacique após a morte do pai.
As festas dos coroados eram realizadas depois de passar um bom tempo do fato
que as motivava, quando não houvesse mais receio que os inimigos os pegassem de
surpresa!
Com o crescimento da colonização,
aconteceu com os coroados que viviam na região que seria no futuro Petrópolis,
o mesmo que ocorreu no resto do Brasil, as tribos foram dizimadas.
Os índios que sobravam após sangrentas
batalhas passaram a perambular, entre o rio
Preto e o Paraíba, atacando as famílias que residiam no Tinguá, Paty do Alferes
e outros povoados ao longo do Caminho Novo.
Sylvio Adalberto, diz que em virtude destes
ataques, o Vice-Rei D. Luís de Vasconcellos, em 1789, manda o capitão de ordenanças
Inácio de Sousa Werneck rebatê-los nas próprias aldeias e que, mais tarde, o
mesmo Vice-Rei incumbe João Rodrigues da Cruz, fazendeiro em Pau Grande, de domesticá-los.
Este, com a ajuda do padre Manuel Gomes Leal, consegue aldeá-los à margem do
caminho do Rio Preto, onde os sobreviventes ficaram vigiados.
Muito bom saber mais sobre história. Obrigado pela contribuição. Abraço!
ResponderExcluirMuito bom, vim procurar sobre minha descendencia e encontrei conhecimentos que não conhecia, analisei também muito bem meus traços faciais
ResponderExcluirEnteressante
ResponderExcluirmuito bom de mais amei
ResponderExcluirNão achei o q eu precisava para meu trabalho mas não é nada mau !!!
ResponderExcluirGostei, parabéns
ResponderExcluirMano como eles acabaram?
ResponderExcluirProvavelmente na colonização
ExcluirTodos mortos em batalhas ou pela variola trazida pelo homem, pelo menos os daqui de perto as margens do rio macacu, não existem, existem descendentes, provavelmente filhos de escravos ou europeus que tinham relaçoes sexuais com eles, as vezes a força, ja que principalmente os Puris andavam sem tanga.
ResponderExcluirPois em pesquisa para árvore genealógica,esbarrei em um bisavô paterno"coroados ",na época de 1790 aproximadamente.
ExcluirAtualmente existe alguma comunidade indígena em Petrópolis?
ResponderExcluirMuito boa interpretação e conhecimento.
ResponderExcluirObrigado, Frederico. Talvez os índios coroados do Paraná tivessem outra aparência, pois o naturalista de Orleans, Auguste de Saint Hilaire, disse sobre os índios de lá: " por sua “beleza física”, os Coroados deveriam ser estimulados a se casarem com os “paulistas pobres” (SAINT-HILAIRE, 1995, p. 61)"
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