Quando
o Major Julio Frederico Koeler levantou a planta urbanística da Imperial Colônia
de Petrópolis, dividiu o território em quarteirões, que deu nomes das regiões
de origem dos colonos germânicos e de pessoas ilustres que contribuíram para a
criação da povoação.
A Planta
foi dividida em 2 vilas centrais próximas ao Palácio Imperial e em 11 quarteirões
divididos em lotes para abrigar assim os colonos e suas famílias.
Segundo a planta de Koeler de 1846, o
território petropolitano foi dividido da seguinte forma:
1.
Vila
Imperial
2.
Vila
Tereza
3.
Bingen
4.
Castelânia
5.
Ingelhein
6.
Mosela
7.
Nassau
8.
Palatinato
Superior
9.
Palatinato
Inferior
10. Renânia Central
11. Renânia Inferior
12. Siméria
13. Westfália
Em 1854, dando seguimento ao trabalho do
Major Koeler, Otto Reimarus, levantou outra planta acrescentando mais 11 quarteirões:
14. Brasileiro
15. Darmstadt
16. Francês
17. Inglês
18. Mineiro
19. Presidência
20. Princesa Imperial
21. Renânia Superior
22. Suíço
23. Woerstadt
24. Worms
Assim podemos observar que Petrópolis é
dividida em 22 quarteirões, cuja divisão é vigente até hoje em dia.
A
nomenclatura dos quarteirões foi dada em homenagem aos colonos germânicos para
que assim pudessem se sentir em casa, na recente Colônia criada por d. Pedro
II.
Os
nomes de origem brasileira foram homenagens aos brasileiros que contribuíram na
formação de Petrópolis.
Já os
nomes das duas Vilas: Imperial e Tereza, serviram de homenagem a Família
Imperial, assim como o quarteirão Princesa Imperial.
A
província do Rio de Janeiro também foi homenageada com o Quarteirão Presidência.
O
Quarteirão Mineiro foi uma lembrança ao caminho que passava pela região de
Petrópolis rumo as Minas Gerais, estrada que deu inicio a povoação do “Sertão
de Serra Acima”.
Segundo SÁ EARP, dividindo os quarteirões de
acordo com a hidrografia local, temos a seguinte disposição dos mesmos:
1.
BACIA
DO PALATINATO: 3 quarteirões → Palatinato Superior (região do Morin); Palatinato Inferior (Regiões do Centro,
como Rua Souza Franco, parte da Rua Paulo Barbosa, rua Benjamin Constant,
UCP...) e Suíço (Floresta, Caxambu e
parte da Provisória).
2.
BACIA
DO PIABANHA: 8 quarteirões → Woerstadt
(Duarte da Silveira e BR – 040); Bingen
( com inicio na Curva do Gióia e terminando no Bairro Castrioto, com parte do
Bairro Manoel Torres); Darmstadt (do
meio do Bairro Manoel Torres, rua Alice Hêrve, seguintdo em direção a Capela); Ingelheim (Quarteirão Ingelheim, patê do
Campo do Serrano, região do Hospital Santa Tereza, seguindo a rua Duque de
Caxias até o início da Vila Militar); Mosela
(Bairro Mosela, Pedras Brancas e Moinho Preto e parte do Campo do Serrano); Nassau (Avenida Piabanha e Duchas); Westfália (Avenida Barão do Rio Branco
até a sede do Corpo de Bombeiros, fazendo divisa do lado direito com a Estrada
da Saudade); Brasileiro (Quarteirão
Brasileiro, fazendo divisa com a Mosela, no Moinho Preto).
3. BACIA DO QUITANDINHA:
8 quarteirões → Worms (Quitandinha e
Parque São Vicente); Inglês (Alto Independência);
Renânia Superior (Dr. Thouzet, Rua
Lopes de Castro, Cremerie, Taquara); Renânia
Central (da rua Saldanha Marinho, Duas Pontes, na rua Coronel Veiga até a
Ponte dos Fones) Renânia Inferior
(Duas pontes, seguindo pela rua Washington Luiz, subindo pelo Valparaíso, ruas
padre Moreira – Trono de Fátima -, rua Visconde
de Itaboraí, rua Rockfeller, rua Monsenhor Bacelar, rua Barão de Amazonas); Siméria (parte da Ponte do Fones,
Bairro Siméria, São Sebastião na divisa com o Sargento Boening); Castelânea (Bairro Castelânea, rua
Olavo Bilac , fazendo divisa com o Renânia Central, Sargento Boening até a Chácara
Flora); Francês (Rua Ipiranga,
fazendo divisa com a Estrada da Saudade).
Agora os as duas vilas e o quarteirão criados
em homenagem a Família Imperial:
1.
Vila Imperial → Região do Centro
da Cidade, Praça da Liberdade, Avenida
Koeler, Avenida Tiradentes, rua da Imperatriz, Rua do Imperador, rua Paulo
Barbosa até a Travessa Prudente Aguiar e
2.
Vila Tereza → Rua Tereza, a partir
da entrada da rua 24 de Maio, seguindo em direção ao Alto da Serra, Chacara
Flora, Praça dos Ferroviários até o início da Estrada Normal da Estrela, a “Serra
Velha”.
3.
Princesa Imperial → Rua Fonseca Ramos,
Estrada da Saudade, descendo a rua Quissamã, Itamarati e Cascatinha.
Os
quarteirões ainda existem em Petrópolis, o problemas é que foram esquecidos
pelos petropolitanos, porém para ser fazer qualquer transação imobiliária, é necessário
saber o quarteirão da residência ou do terreno, pois na Companhia Imobiliaria Petropolitana,
a cidade é dividida pelos seus respectivos quarteirões e prazos.
Planta do Major Julio Frederico Koeler do ano de 1846
Planta de Otto Reimarus, de 1854.
Referência bibliográficas:
SÁ EARP, Arthur Leonardo. Os Quarteirões. In http://www.ihp.org.br/site/ Acesso em
21/07/2014
PETROTUR. Planta de Petrópolis, publicada em
1995.
Fico muito orguhoso em poder ler esta postagem... Eu sou neto de Noemia Kebbel que se casou com arthur Bernardes Vieira ( de minas gerais )...certamente Arthur se fixou no quarteirão mineiro e minha avó nasceu no quarteirão mosela...atualmente moro em mosela, bairro Pedras Brancas e sou natural daqui..mas infelizmnte minha família : mãe, tias e primos não carregam o sobre nome Kebbel..é meu grande desejo regatar este nome Alemão que pelas minha pesquizas são de origens d euma família formulada por Alemães, Franceses e Russos. Não constada junto com os alemães daqui ..por enquanto não encontrei nenhum dado que conste os Kebbel junto ás famílias alemãs d Petrópolis..mas preciso descobrir. Não vou desistir..vou descobrir como meu bisavô veio parar aqui.
ResponderExcluirOlá! Eu faço todas as minhas pesquisas referentes a genealogia no site do familysearch da uma olhada voce deve encontrar alguma coisa
ExcluirSe voce já dispõe de dados de seus antepassados, que se possa confirmar por documentos, como parece ser o caso, e o seu sobrenome poderá ter o acréscimo Kebbel. Nossa legislação o permite, bastando buscar por advogado que tenha conhecimento relativo ao caso, assim o juízo competente para se o fazer. E mais, em se tratando de resgate de sobrenomes, com maior certeza você logrará êxito.
ExcluirPreciso descobrir se João Augusto Kebbel, pai de minha avó materna, Noemia Kebbel, veio junto com os colonos alemães tradicionais de Petrópolis. Se alguém neste blog puder me dar uma mãozinha, serei muito grato.
ResponderExcluirFrederico eu não tenho palavras que possam ser utilizadas para agradece lo por tamanho carinho em dispor de tempo e nos presentear com suas pesquisas.
ResponderExcluirGostaria de saber a história e origem do local, na Mosela, chamada de Moinho Preto. Qual a história em referência a esse moinho?
ResponderExcluirAlguem saberia informar a origem do nome Ponte do Fones?
ResponderExcluirtambém gostaria de saber. Eu uma vez li que se chama ponte dos Fones, devido à família Fones, mas nada mais do que isso.
ResponderExcluirNão gente, ali havia uma cabine de telefone público próximo a uma ponte. Daí o nome ponte fones ou a ponte onde há telefones (públicos) que era raro, por isso, ponto de referência.
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