As notícias abaixo foram retiradas do jornal O PARAHYBA de 1858 e 1859, todas relacionadas com a construção da Estrada União e Indústria, tentei preservar a linguagem da época para dar um tom histórico a publicação.
Jornal O PARAHYBA
Quinta-feira, 18 de fevereiro de 1858
PRIMEIRO ANNO – 1858 NUMERO 23
p.3
DECLARAÇÃO
COMPANHIA UNIÃO E INDUSTRIA
(seção a quem Parahyba)
Tendo a companhia União e Industria de encetar
os trabalhos da 2ª seção de Pedro do Rio ao Parahyba, faz-se publico, para
conhecimento dos interessados, que se acha definitivamente terminada uma parte
da linha entre Pedro do Rio e a fazenda da Posse.
A Companhia recebe até 1º de marçoi propostas
para execução dos trabalhos, por series de preços ou em globo.
Os concurrentes encontrarão no escriptorio da
companhia em Petrópolis, todas as peças do projecto e informações necessárias.
A companhia não tem compromissos nem decidira cousa alguma senão a vista
de todas as propostas
Petrópolis, 1º de fevereiro de
1858 – O engenheiro chefe, Bulhões.
__ .'. __
Jornal O PARAHYBA
Domingo, 21 de março de 1858
PRIMEIRO ANNO – 1858 NUMERO 32
p.3
DECLARAÇOES
COMPANHIA UNIÃO E INDUSTRIA
O director e presidente da
companhia – União e Industria -, tendo contractado com o presidente da imperial
companhia da – estrada de ferro e navegação de Petrópolis – a direcção geral de
todo o serviço e transporte feito pelo referida companhia de Petrópolis, afim
de harmonizal-o com o daquella outra companhia, manda fazer publico, para
conhecimento dos interessados, as seguintes alterações e novas disposições, que
para maior regularidade e celeridade do dito serviço se devem executar do dia
20 do corrente mez em diante em relação aos passageiros, bagagens e cargas com
destino á estação da raiz da serra (Fragoso), e dia 31 em diante em relação ás
cargas com o destino á estação de Pedro do Rio.
As barcas de vapor para o Porto de Mauá
partirão ás 6 horas da manhã e 1 da tarde, a primeira conduzindo sómente
passageiros e bagagens e comboi de cargas.
O trêm do caminho de ferro partirá da estação
da raiz da serra ás 9 ½ horas da manhãa e 5 da tarde, o primeiro conduzindo
cargas e passageiros, o segundo sómente passageiros e cargas leves.
Os passageiros para a estação de Inhomerim são
admitidos na barca que parte da Prainha á 1 hora da tarde, e no trem que parte
da raiz da serra ás 9 ½ horas da manhãa, por isso que nas outras horas o trem
do caminho de ferro não pára n’aquella estação intermedia.
Toda bagagem leve, isto é, a que póde ser
conduzida pelo próprio passageiro, não paga frete, mas sim, a bagagem pesada,
que aliás nunca poderá exceder a volume superior ao peso de 4 arrobas
A bagagem pesada que tiver que ir na barca das
6 horas da manhãa deverá ser entregue das 3 ás 6 horas da tarde do dia
antecedente na estação da Prainha, e a que tiver de ir na barca de 1 hora da
tarde deverá ser entregue das 11 horas á meia hora da tarde do mesmo dia.
Na primeira viagem da Prainha para a raiz da
serra e na ultima da raiz da serra á Prainha não se admitirá o transporte de
animaes.
Do dia 20 do corrente em diante haverá
diligencias em Petropolis, para a estação de Pedro do Rio, que partirão de
Petrópolis meia hora depois da chegada dos carros que fizerem o serviço da
serra, e voltarão de Pedro do Rio á 1 hora da tarde.
Do 1º de abril em diante haverá mais uma
diligencia, que partirá de Pedro do Rio á 6 horas da manhãa e voltará de
Petropolis as 6 horas da tarde.
Os
bilhetes para as passagens nestas diligencias serão vendidos na estação da
Prainha, no hotel inglez e na estação de Pedro do Rio.
As cargas que tiverem de seguir no mesmo dia
da entrega deverão entrar para a estação da Prainha das 6 ½ ás 11 horas da
manhãa, seguindo no dia imediato as que entrarem depois daquella ultima hora.
Para serem recebidos na estação da Prainha os volumes deverão trazer,
além da marca, a declaração do peso e do lugar para onde são destinados, tendo
os remettentes o cuidado de inutilisar as marcas velhas que nelles possão
existir.
Taes volumes deverão ser acompanhados de uma
relação assignada pelo remettente, ou seus representantes, contendo as
declarações necessarias, não sómente em referencia aos mesmos volumes, como
tambem a tudo quanto possa interessar a sua expedição para o interior.
Os volumes serão reytirados da estação da
Prainha durante o dia immediato ao da entrega do aviso que pela dita estação se
fará.
Sendo mercadoria o penhor das despezas de
transporte e dos supprimentos feitos aos remettentes do interior, deverão ser
pagas taes despezase supprimentos no acto da entrega dos volumes na estação da
Prainha.
Rio de Janeiro, 17 de março de
1858, - O secretario, J Machado Coelho de
Castro
__ .'. __
Jornal O PARAHYBA
Quinta-feira, 8 de abril de 1858
PRIMEIRO ANNO – 1858 NUMERO 36
p.3
DECLARAÇÃO
UNIÃO E INDUSTRIA
Do 1º de abril em diante
partirá mais um diligencia de Petrópolis para Pedro do Rio e vice-versa, em
comunicação com os carros que descem a serra às 8 horas da manha e com aquelles
que a sobem de tare.
Sahirá de Petrópolis para Pedro do Rio às 5 ½
horas da tarde e regressará de Pedro do Rio às 5 ½ horas da manhã.
_______________
A directoria da companhia União e Industria
recebe até dia 14 do corrente as 10 horas da manha, novas propostas para a
construção de seção a quem Parahyba.
__ .'. __
Jornal O PARAHYBA
Quinta-feira, 30 de dezembro de 1859
ANNO II NUMERO 9
COMPANHIA UNIÃO E INDUSTRIA
COLONIA DE D. PEDRO
II
Aviza-se aos colonos que auzentarão sem remir
as suas dividas de passagens ou outras que até o dia 31 de dezembro do corrente
anno devem satisfazer estas obrigações pois em caso contrario forçarão os seus
engajadores a proceder com todo rigor das leis. Aquelles colonos que se acharem
em Petrópolis poderão desde já deirigir-se ao escriptorio da companhia nesta
cidade onde acharão com quem tratar.
As dividas poderão ser solvidas em moeda
corrente ou por fiança idonea.
Uma ação da Companhia União e Indústria. Acervo Biblioteca Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário